A REVOLTA DE BEJA (31/12/1961)
A trégua de treze anos entre as Abriladas de 1961 e de 1974 só seria quebrada exactamente alguns dias depois da queda de Goa. Na noite de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro de 1962, ocorre outra tentativa de revolta no Regimento de Infantaria n.º 3 (RI 3), em Beja.
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A guerra civil de Espanha e a revolta dos marinheiros de 1936
O putschismo do pós-guerra
Na madrugada de 9 para 10 de Outubro de 1946, eclode uma estranha revolta no Regimento de Cavalaria n.º 6, no Porto. Na ausência da quase totalidade dos oficiais do Quadro Permanente, um grupo de oficiais milicianos, a que se junta o Alferes Manuel Silva Almeida, toma conta da unidade graças à cumplicidade do oficial de dia e do sargento da guarda.
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RUMO À VITÓRIA
O PCP E O PAPEL DAS FORÇAS ARMADAS NA LUTA CONTRA A DITADURA
Rumo à Vitória aparece, em Abril de 1964, sob a forma de um relatório que Álvaro Cunhal – já então Secretário-Geral do Partido Comunista Português (PCP) – apresenta ao Comité Central do partido. Tendo como subtítulo As tarefas do Partido na Revolução Democrática e Nacional, foi peça de importância fundamental dos trabalhos que conduziram, em 1965, à aprovação do Programa do Partido Comunista Português, durante o seu VI Congresso.
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PORTUGAL AMORDAÇADO
MÁRIO SOARES E O APOIO DAS FORÇAS ARMADAS – POR OMISSÃO – AO REGIME DO ESTADO NOVO
Do golpe de Estado legal ao “andar rapidamente e em força”
Se tivermos em conta que, após a intervenção pública de Salazar, a 13 de Abril de 1961, a questão do reforço militar de Angola se tornou rápido, volumoso e muito visível, somos levados a admitir que, a partir dos primeiros actos de rebeldia no Norte de Angola, ao travão de teor financeiro se terá associado um outro, de forte natureza política.
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SANTOS COSTA – A CHEGADA AO PODER
Em 1936, ao ser empossado como Subsecretário de Estado da Guerra, Fernando dos Santos Costa tem então 36 anos de idade e fora promovido a capitão apenas em 1933. Nos dias de hoje — mesmo para os que guardam memória dos tempos da Revolução de 1974 —, parecerá inconcebível que as Forças Armadas aceitassem no governo, nas funções de Secretário de Estado da Defesa, um simples capitão de infantaria.
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1930 – O MESTRE-ESCOLA FALA AOS MILITARES
Apostado em instituir um regime de preponderância civil – de que a criação da União Nacional, em Julho de 1930, era peça fundamental –, Salazar não esquece que terá de domar as Forças Armadas que haviam feito o 28 de Maio e, muito especialmente, o seu corpo de oficiais.
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ABRILADAS
Parte I
DO PRONUNCIAMENTO DE 1961 À REVOLTA MILITAR DE 1974
1. INTRODUÇÃO
No período conturbado que a nossa História regista com a designação genérica de "Lutas Liberais", ficou conhecido por "ABRILADA" o movimento militar de 30 de Abril de 1824, encabeçado pelo Infante D. Miguel, o qual se propunha esmagar a "pestilenta cáfila de pedreiros livres" que acusava pretenderem atentar contra a vida do Rei D. João VI. Esta sublevação, que não teve o apoio do próprio monarca, terminaria com o embarque forçado de D. Miguel numa fragata que o conduziu a França.
O termo "ABRILADA", tal como o de "VILA-FRANCADA" (referente a uma anterior revolta miguelista, em Maio de 1823) soam aos nossos ouvidos de forma depreciativa, assim como a querer significar que, num e noutro caso, se tratou de acções pautadas por grande dose de leviandade. O bom senso não era, de facto, um atributo característico da personalidade de D. Miguel.
Nos nossos dias, a expressão "ABRILADA" voltou a ser usada por alguns autores para se referirem a dois movimentos militares mais recentes, ocorridos, também, num mês de Abril: o falhado pronunciamento militar de Abril de 1961, liderado pelo então Ministro da Defesa, General Júlio Botelho Moniz, e, naturalmente, a acção militar que derrubou, em Abril de 1974, o regime do Estado Novo.
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ABRILADAS
Parte II
DO PRONUNCIAMENTO DE 1961 À REVOLTA MILITAR DE 1974
3. A REVOLTA MILITAR DE ABRIL DE 1974
Sendo um acontecimento mais recente e incomparavelmente mais conhecido do que o episódio de 1961, não julgamos necessário, até para não alongar este já extenso artigo, pormenorizar a evolução dos acontecimentos de 1974 de forma análoga à utilizada no primeiro caso.
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Seminário
"A Academia Militar e a Guerra de África"
O Recrutamento de Oficiais
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SALAZAR E OS CONFLITOS COM O MINISTÉRIO DA GUERRA
Ao completar o primeiro ano de governação como Presidente do Conselho de Ministros, Salazar tem a percepção de que persistem nas Forças Armadas algumas divergências quanto ao rumo que pretendia dar à Revolução de 1926.
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SALAZAR E A REFORMA DO EXÉRCITO
Durante toda a década de 1930, já com Salazar a controlar as Finanças Públicas, o governo português põe em execução um plano de rearmamento que representa um esforço significativo de modernização das Forças Armadas. Inicialmente, a prioridade vai para a Marinha, dada a sua maior importância nas ligações com o Império Colonial e Ilhas Atlânticas. No entanto, a partir de 1935, essa prioridade é reorientada para o Exército, o qual verá ser-lhe atribuída a verba de 500.000 contos para aquisição de armamentos modernos.
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O SUPRIMENTO DA VITÓRIA
A vitória é o principal propósito na guerra. Se tardar a ser alcançada, as armas embotam-se e o moral baixa.
Sun Tzu
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MILITARES EM CARGOS POLÍTICOS DURANTE O ESTADO NOVO
Embora fosse desejo de Salazar manter os militares afastados da política, o certo é que nunca deixou de ceder, neste princípio, a favor de um outro que julgava igualmente importante: era preciso que as Forças Armadas tivessem a ilusão de que partilhavam o poder e de que beneficiavam dele.
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DEFICIENTES DAS FORÇAS ARMADAS
A GERAÇÃO DA RUTURA
Faz todo o sentido associar o lançamento da obra DEFICIENTES DAS FORÇAS ARMADAS - A GERAÇÃO DA RUTURA à comemoração de mais um aniversário da Revolta Militar de 25 de Abril. A guerra, os seus mortos e feridos, a sísmica ruptura de 1974 e a constituição da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, fazem parte do extraordinário movimento que, numa madrugada de Abril, explodiu em clamores de Liberdade.
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CARTA AO MINISTRO DA DEFESA
24 de Junho de 1958
A carta que abaixo se recorda, passados que são quase 57 anos, foi subscrita pelos então Subsecretário do Exército, coronel Almeida Fernandes, e Subsecretário da Aeronáutica, tenente-coronel Kaúlza de Arriaga. A sua leitura permite-nos constatar que -- apesar da diferença de cenário que as duas épocas apresentam -- determinados problemas nela focados relativamente às Forças Armadas são de uma espantosa actualidade. A carta, escrita pouco depois das eleições presidenciais de 1958, fornece, ainda, preciosas informações acerca da idoneidade de alguns políticos de então.
Tenha-se em consideração que as eleições presidenciais se haviam realizado em 8 de Junho e que iria haver uma remodelação do governo após a tomada de posse do almirante Américo Tomás, ocorrida em 9 de Agosto. Nessa remodelação, Santos Costa deixaria o governo, onde acumulava as pastas da Defesa e do Exército. A carta que vão ler foi, portanto, endereçada a Santos Costa.
AHM, 1ª Div. - 39ª Sec - Cx. 3 - Nº 1.
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Carta ao MDN 1958.pdf (3711955)
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